domingo, 22 de março de 2009
















Por Nancy Nunes

O filme intitulado "O Nome da Rosa" é uma grande obra para quem gosta de apreciar um dos períodos mais desejados e misteriosos da História. Este filme teve o cenário personalizado pelo grande historiador Francês Jacques Le Goff, isto significa que a resconstituição do período foi feita de forma perfeita e brilhante. Assista e tire suas conclusões!!!

Contexto Histórico do filme:

A Baixa Idade Média (século XI ao XV) é marcada pela desintegração do feudalismo e formação do capitalismo na Europa Ocidental. Ocorrem assim, nesse período, transformações na esfera econômica (crescimento do comércio monetário), social (projeção da burguesia e sua aliança com o rei), política (formação das monarquias nacionais representadas pelos reis absolutistas) e até religiosas, que culminarão com o cisma do ocidente, através do protestantismo iniciado por Martinho Lutero na Alemanha em 1517.
Culturalmente, destaca-se o movimento renascentista que surgiu em Florença no século XIV e se propagou pela Itália e Europa, entre os séculos XV e XVI. O renascimento, enquanto movimento cultural, resgatou da antiguidade greco-romana os valores antropocêntricos e racionais, que adaptados ao período, entraram em choque com o teocentrismo e dogmatismo medievais sustentados pela Igreja.
No filme, o monge franciscano representa o intelectual renascentista, que com uma postura humanista e racional, consegue desvendar a verdade por trás dos crimes cometidos no mosteiro.

A Criança e o Adolescente

Por Nancy Nunes

A criança e o adolescente do século XXI tem uma semelhança bem aproximada com aos que viveram durante os séculos XII em diante, como por exemplo, as experiências sexuais.Luis XIII casou com 14 anos de idade .Atualmente os adolescentes estão se “juntando’ também com a mesma idade. As meninas adolescentes estão engravidando aos 10 anos em diante.Parecem meninas brincando de bonecas.Parecem meninos brincando de casinha.

A falta de estrutura familiar e o consumismo levam as crianças e adolescente serem aquilo que suas condição financeira não permite. Primeiro, os pais acreditam que viver é fazer o que lhe vem na cabeça e cada um faz aquilo que sempre sonharam ou que descobriram através do tempo.E os filhos ficam também fazendo o que lhe vem na cabeça.Segundo,as crianças e adolescentes querem ser iguais aquele ou aquela artista, vestir aquela roupa, usar aquele perfume, então vão se prostituir e consumir drogas.

O mais interessante, é que sempre acham um “burro” cheio da grana para pagar suas contas e seus luxos para se divertirem com outras trouxas. E assim vai crescendo o índice de prostituição infantil. Como denunciar? Como minimizar esse problema? E perguntam cadê o Conselho Tutelar? Cadê as medidas sócio-educativas?

A sociedade cobra do Conselho Tutelar, este por sua vez cobra do Poder Público. A sociedade cobra da Polícia. Os vereadores cobram da Policia. Cobram do Ministério Público. Cobram do Judiciário.Um joga o problema para o outro. Um jogo de ping-pong.Ninguém assume. E todos sabem quem são os menores infratores. Todos os conhecem. Por que cidade pequena nada passa despercebido. E um problema que é de todos acaba se transformando em casos pessoais, por despeitos ou ciúmes. Como entender este país?

Os menores continuam roubando, se drogando, engravidando, matando, assaltando e ninguém faz nada. Ninguém toma medida para solucionar os problemas. Mas como solucionar esse problema?

O Estatuto da Criança e do Adolescente já é maior de idade, completou 18 anos, se quando ele era menor de idade não resolveu o problema imagine agora que o garoto é maior de idade...

Eu como educadora, acredito na mudança da criança e do adolescente através de um processo educativo de qualidade,porque vive essa experiência quando fui Diretora de Escola. Elaborei o Projeto “Educação de qualidade se faz com a participação de todos”. E conseguimos pequenas bolsas na Comunidade para aqueles que mais problemas davam á Escola, tornaram-se amigos da Escola, como medidas sócio-educativas assistida por toda Escola. E hoje são excelentes profissionais no município em que atuei.

Portanto, atrás de um menor infrator, há um ser humano que precisa de um amigo que tenha amor e justiça para com ele.Todos os acusam e discutem os problemas.E a solução é tão fácil! Unirem as forças, os valores,e desenvolver uma educação de qualidade nas Escolas de Fundamental II e Ensino Médio. Ninguém é tão certo que nunca tenha errado e ninguém é tão errado que nunca tenha acertado.















Curralinho: meu povo, minha história
Minha gente, minha memória
Querida terra natal
De brisa e temporal

Curralinho: Bela cidade ensolarada
Nos acordes da serenata
Rios, maresias e canoas
Cultura, mistério, manoa.

Curralinho: Minha cidade, minha vida
Terra hospitaleira e garrida
Sonho e realidade
Um cantinho de felicidade.

(Poesia de Nancy Nunes)

Documentos do século XIX do Município de Curralinho


Por Nancy Nunes

No dia 21 de fevereiro de 2009 às 16:29 hs, veio ao meu encontro a “menina dos olhos” que todo historiador(a) procura, documentos históricos. Neste caso, por coincidência do destino ou qualquer outra forma, um grupo de trabalhadores da Secretaria Municipal de Obras executava a limpeza da área que fica atrás do Fórum local, e visualizaram uma caixa que estava dentro de uma cisterna fechada com uma tampa de madeira, ao abrirem observaram uma quantidade considerável de papéis, que são registros Civis do município referente ao século XIX.

Esta obra-prima vem alterar em grande parte as minhas pesquisas realizada desde o ano de 2001, acerca da História do referido município, que em muitos casos a análise sofre pela carência de fontes. Mas, a perseverança neste ofício, é fundamental.

Desse modo, é inegável que estes documentos do século XIX venham abranger as minhas pesquisas em novas abordagens sobre a História do Município de Curralinho e conseqüentemente contribuir para uma analise maior sobre a História da Ilha do Marajó.

Procuro sempre tomar como aporte teórico, o historiador francês Jacques Le Goff em sua obra intitulada “Documento/Monumento” que busca enfatizar a importância dos monumentos para as pesquisas históricas. E a minha função nesse novo horizonte do meu trabalho, é transformar estes monumentos em documentos.

Estes registros civis do século XIX contêm informações que podemos analisar a questão demográfica do município como: casamentos, migrações e inventários. Assim, procuro alertar a todos os habitantes da importância de conhecer o seu passado e sua memória.

Através disso, cresce a perspectiva de uma análise baseada na História Social proferida principalmente pelo Historiador Inglês Eric Hobsbawm. Afirmando que o sujeito histórico deve primeiro conhecer o in locus para amplitude do conhecimento. Dessa forma, o passado dá ao historiador o entendimento do presente traçando perspectiva para o futuro (uma assertiva usada comumente pelos historiadores e leigos da área).